O FENACANTO foi emocionante e inspirador. Dos ensaios às apresentações de cada AEA, ficou claro que o evento não só abriu oportunidade para a descoberta de novos talentos, mas também para a demonstração de emoção em voz, gestos e melodia.

Por de trás de cada tipo de canto, soprano ou tenor, havia sentimentos, lembranças e histórias expressadas nas vozes e feições de cada um dos participantes dos corais. Do lado de quem ouvia e assistia, a sensação de bem-estar e de admiração pelo conjunto da ópera, e de quem cantava, um momento genuíno da já mencionada “janela de felicidade”.

São Paulo iniciou as apresentações, sob a regência de Reinaldo Sanches. Com três anos de existência, o coral nasceu como atividade suplementar aos associados da APEA/SP e se tornou uma fábrica de talentos. Para o FENACANTO, trouxeram cantos de músicas que propunham reflexões sobre o amor, vida, tempo e alegria.

A APOSCEF em Canto, da AEA Sergipe, entoou músicas de cantores renomados como Milton Nascimento e Caetano Veloso, valorizou a terra natal com a música “Amo Aracajú” e ousou no canto de “Jesus Alegria dos Homens”, de Johann Sebastian Bach.

A turma do Canto do Cerrado, da AEA DF, impressionou não só pelo número de participantes (39), mas também pela diversidade de ritmos e estilos musicais, saindo de Baden Powell à “Lata D’água”, de Candeias Júnior.

A AGEA Rio Grande do Sul trouxe um dos corais mais antigos, criado em 2010. Sob a regência da maestra Ana Maria Ribeiro Althoff, o “Coral Renovação” encantou os participantes com o “Xote das Meninas” de Luiz Gonzaga, “Vira, Virou” de Kleiton Ramil, “Ciranda da Rosa Vermelha” de Alceu Valença, entre outros cantos nacionais e do sul do Brasil.

Fechando a noite de apresentações, o regente Marcelo Bargas e o “Coral Vozes” levantaram a plateia da cadeira com a energia da Amazônia em letras de “Ave Maria Cabocla”, “Gatinha Manhosa”, “Cinderela” e a “Saga de um Canoeiro”. A apresentação do coral da AEA/AM fez tanto sucesso que a plateia pediu bis.

Ê Minas, é hora de partir

Se até então, a emoção foi o tom do evento. No último dia de evento, ela virou magia. A energia positiva assolou o salão. Já não havia mais diferença entre cantores, regentes, organizadores ou plateia, todos se conectaram em uma só voz e cantaram “Desenredo”, de Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro.

Apesar “da hora de partir”, o sentimento que pairou na mente e no coração de todos não foi a saudade, mas a satisfação de estar alí e de levar consigo um pouco do FENACANTO em Minas de volta para casa.

Confira você mesmo um pouco da emoção estampada em cada um dos participantes do FENACANTO 2023.