Durante cinco dias intensos, Brasília deixou seu papel de capital política em segundo plano para se tornar o ponto de encontro daqueles que seguem vivendo a vida com energia e propósito. Com 1.470 participantes de 23 estados, os Jogos FENACEF 2025 reafirmaram o que os aposentados da Caixa já sabiam: há muito o que viver depois da aposentadoria.
Mais do que partidas disputadas ou medalhas conquistadas, os Jogos foram um espaço de reafirmação coletiva. Não se tratou apenas de praticar esportes, mas de cultivar amizades, resgatar histórias e reafirmar a própria identidade. No café da manhã do hotel, na beira da quadra ou na torcida do truco, cada instante revelou uma comunidade que permanece ativa, orgulhosa e conectada por laços que resistem ao tempo.
A média de idade dos atletas foi de 65,3 anos. As delegações levaram 662 atletas homens e 367 atletas mulheres, que disputaram 15 modalidades esportivas em espaços tradicionais da capital federal como o Minas Brasília Tênis Clube, o Clube da APCEF/DF e o Parque da Cidade, além da Academia FitPong de Tênis de Mesa.

A cerimônia de abertura, no Minas Hall, reuniu representantes de entidades nacionais como a Caixa, FUNCEF, FENAE e FENAG. O presidente da Caixa, Carlos Vieira, destacou a conexão entre gerações: “A Caixa é o que é hoje porque vocês estiveram lá atrás. Nosso compromisso é não esquecer disso”, afirmou Carlos Vieira, que também participou do evento como atleta de Tênis de Quadra, pela equipe da Paraíba.
Também durante a abertura, Ricardo Pontes, presidente da FUNCEF, reforçou o papel institucional do encontro. “Nossa participação aqui não é formalidade. É uma demonstração de respeito e diálogo com quem nos trouxe até aqui.”
Após cinco dias de intensa atividade, tanto na realização do evento e também como atleta, Valfrido Oliveira, presidente da FENACEF e da AEA/PR, resumiu o sentimento coletivo. “Foi uma semana fantástica. A motivação, parceria e trabalho em equipe nos permitiram realizar um evento alegre, seguro e responsável. Gratidão por mais essa meta batida”.
A diretora de eventos da Federação e também presidente da APEA/SP, Vânia Lacerda, destacou a importância do evento na vida dos aposentados. “Os Jogos FENACEF são mais que uma competição. São uma política de promoção ao bem-estar, prevenção em saúde mental e física e um espaço de resgate de propósito. Muitos aposentados redescobrem aqui seu papel, seus vínculos e a alegria de se superar. Isso é longevidade com dignidade”, destacou.
A edição de 2025 foi marcada pelo equilíbrio técnico e alto nível de competitividade. O Paraná conquistou a primeira colocação com 25 medalhas de ouro, o Distrito Federal avançou ao segundo lugar com 19 ouros e São Paulo no terceiro lugar com 12 medalhas douradas.
Para conferir o caderno técnico e o quadro de medalhas dos Jogos FENACEF 2025, clique nos links a seguir.
Caderno Técnico Jogos FENACEF 2025
Quadro de medalhas Jogos FENACEF 2025
O Paraná e sua trajetória de consistência
A frente do ranking de medalhas em três dos últimos quatro anos, o Paraná consolida sua presença como uma potência nos Jogos FENACEF. Em 2025, a delegação se destacou em modalidades como natação, corrida de rua, futebol soçaite e truco, que lhe garantiram 25 medalhas de ouro.

A equipe de natação, responsável por metade dos ouros conquistados, voltou a dominar as piscinas. Na corrida de rua, as manhãs geladas foram palco de vitórias consistentes. No futebol soçaite, o estado levou o ouro na categoria livre e prata na 65+, enquanto que no truco celebrou seu sétimo título consecutivo.
Gratidão e unidade entre as AEAs
O sentimento de dever cumprido e de união tomou conta de todos após o encerramento dos Jogos FENACEF. Em tom de despedida e de expectativa para um próximo reencontro, presidentes de algumas AEAs brasileiras se expressaram de forma genuína pelo momento vivido.
Chico Julho, presidente da AEA-DF, destacou o sentimento de acolhimento. “Brasília se encheu de alegria com a presença de todos vocês. Peço desculpas por não ter conseguido recepcioná-los como todos merecem, mas rogo a Deus que os cubra de bênçãos. Já estamos com saudades”.
Paloma Amazonas, presidente da AEA-BA, agradeceu à equipe organizadora: “Parabéns a toda a equipe que se dedicou a fazer acontecer esse evento tão importante. Gratidão a todos”.
Maria da Penha Silva Favarato, presidente da AEA-ES reforçou o espírito de pertencimento: “Cada encontro, cada abraço nos trouxe a sensação de pertencimento a essa grande família FENACEF”.
Ivone Andrade de Carvalho, da AEA-PI, expressou o seu sentimento: “Foi um encontro lindoooo! Que venham novos momentos como esse, com a força da união e da amizade de todos que fazem a grande família FENACEF”.
Carlos Alberto, da AEA/PE, fez elogios bem-humorados e críticas construtivas: “Claro que houve falhas, e sempre haverá, mas tivemos os Jogos com alegria. E isso é o que importa. Vamos seguir melhorando”.
Marlene Almeida Marinho, resumiu o espírito da competição: “A comemoração da vida através do esporte é a vitória maior”.
Vera Faria, presidente da APACEF/RJ e secretária executiva da FENACEF, celebrou a atuação local: “A AEA/DF mostrou sua força e magnitude de anfitriã para nos proporcionar momentos de harmonia e felicidade.”
Por fim, uma mensagem que viralizou de um para outro e de outro para um. Do Manuel, da AEA GO/TO, que assim definiu o que é viver os Jogos FENACEF e o que fazer para essa experiência viver.
Jovens, vou lhes contar um trem.
Jovem de pouca idade faz de tudo, esbanja saúde e joga o que quiser, faz esporte e estrepolia à vontade…
Que lindo vê-los em movimento, dançando, vibrando, exalando vida em cada atividade que quiserem!
Ow, peraí, mano, estamos falando do jogos dos aposentados da Caixa, da FENACEF, já ouviu falar?Os carinhas tem cabelos brancos, dores nas articulações e movimentos limitados.
São lentos, acumularam gordurinhas insistentes que não saem nem com a dieta de limão em jejum; correm pra manter a forma e descansam outros 6 dias da semana.
Bebem uma cervejinha e amargam a ressaca por dois dias; amam, deslumbram, almejam, treinam e jogam, sim! Estamos nos jogos da Caixa, dos aposentados dela.
Aposentamos do trabalho, mas seguimos on nas questões políticas; entendemos de filhos e netos, mas nos dispomos na disputa dançante; adoramos desafiar filhos a dizer o nome do autor da música tal; palpitamos na escalação dos times e temos indicação de viagens: roteiros, hospedagens, passeios e tal.Jogar entre os de mesma idade, é equiparar forças e dificuldades. Somos capazes e limitados; sobreviventes e reacionários!
Muita, mas muita gente mesmo, me mandou parar! Parar o quê mesmo???? Não me identifico com gente “velha” que acha que a aposentadoria atrai a morte, o fim da atividade humana que arremeda o esporte…
Jogo mal.
Será?
Quem é bom?
Quando?
Manter-se em atividade é vida, é desafiar os resfriados, artroses e contusões. Melhor estar com dor muscular por ter se movimentado que ascaríase por escaras (feridas causadas por excesso de exposição em leitos).
Melhor refestelar no esporte que que amargar campanha de saúde por órgão atrofiado, e olha que os idosos colecionam mal funcionamento de rins, fígados, pâncreas…
Ow, mas eu sou ruim de bola, como faço? Vai ser gandula, joga dominó, truco, canastra, saca uma uma raquete, participa da organização, sei lá… Mas saia do sofá!Vá ser feliz, leve quem você ama; ame quem você encontrar, encontre você!
Salve os Jogos dos aposentados 2025!
Segundo a direção da FENACEF, o local da realização dos Jogos FENACEF 2026 será anunciado até o fim de julho deste ano. Até lá, vale a pena curtir e reviver o maior evento de aposentados Caixa no Brasil, em vídeo ou nas fotografias.